As fabulas do intrépido, capítulo 10 - parte 3


— Pai, já faz tantos anos que lhe destronei, não? Mas bem, eu transformei nosso reino, sim eu fiz o que você nunca fez, eu me tornei um verdadeiro líder, diferentemente de você, que se perdeu por paixões. —Arfou—. Pai se espera a vitória de Alphonse, está enganado, pois nada nem ninguém pode parar meu poder, eu sou um ser perfeito.

Levantou-se. Esboçou um sorriso inexpressivo, e voltou a andar no longo corredor. Uma porta de titânio ergueu-se a sua frente. Retirou de uma abertura da parede, um painel digital. Seus dedos digitavam febrilmente, o que parecia ser uma longa senha. Após o término do processo, uma linha azul lhe escaneou e então o pórtico se abriu. Por um instante seu olhar deixou o vazio, tomando, um tom quase que satisfatório. Digitou novamente uma senha no painel, que fez o scanner e o próprio entrarem em um buraco na parede. Virou-se, refazendo todo o caminho.

Estava de volta no salão do castelo. Não tinha ninguém ali. Continuou a andar. Passou por algumas portas e corredores estreitos, até chegar a uma longa escadaria, a escadaria para as masmorras. Desceu os degraus rapidamente, chegando a um hall não muito agradável. Continuou a andar. As celas que ladeavam o corredor estavam vazias, não era de fazer prisioneiros, só os fazia em casos especiais, especiais como aquele. Chegou a um ponto do corredor, em que as celas mudaram. Lembravam em muito as solitárias de presídios.

— Me soltem!

Sorriu. Pegou um molho de chaves que estavam em um gancho. Abriu a porta da cela, entrando e, por conseguinte encostando a porta.

— Quem é você? Veio aqui me matar?! — Proferiu, com sua voz um tanto que rouca de tanto gritar.

— Não, vim apenas conversar.

— Eu não quero conversar com nenhum de vocês!

— Bem, então não me dirá onde está.

— Onde está o que? — Indagara, quando na realidade sabia o que o homem louro queria.

— Onde está à fórmula de seu namoradinho, aquele que traiu sua própria raça, o sábio que por algum motivo, não ouviu sua inteligência e se juntou a ralé, criando então um antídoto definitivo para a nossa raça.

— Eu não sei do que está falando, e mesmo que soubesse não lhe daria informação alguma.

— Certo.

Saiu da cela em que Annie estava sendo mantida aprisionada. A mulher tentou aproveitar-se do momento para escapar, mas Smith previu o que ela faria, e simplesmente derrubou-a com uma canelada em seu joelho. No instante em que An caiu no chão, encostou e trancou a porta de madeira.