As fabulas do intrépido, capítulo 10 - parte 2


— Muito bom Duke, muito bom, mesmo.

A noite então se prosseguiu, com os ali presentes passando informações de seus respectivos encargos para o patriarca, mas este não estava com sua atenção voltada para os relatórios, longe disto, estava pensando em um meio de destruir Alphonse, que tivera se tornado uma pedra no seu passado, no instante que jurou vingança contra seu próprio povo.

— ... Verifiquei e está tudo estabilizado.

Voltou à realidade, com o comentário de uma linda moça. Seus cabelos eram negros e estavam na altura de suas bochechas. Seus olhos eram de um azul profundo.

— Realmente, fiquei satisfeito com o resultado das missões que lhes passei. Por hoje, a nossa breve reunião se dá por encerrada, meus caros.

Tentou achar um apoio para suas mãos, quando se lembrou de que quebrara a longínqua mesa de madeira polida, mas de toda forma levantou-se, esticando seu corpo de 1,91 de altura, certamente Smith era um homem alto e corpulento, e se orgulhava disto, orgulhava-se do fato de seu corpo ser altamente preparado para uma batalha.

Todos os ali presentes foram retirando-se da ampla sala, dirigindo-se então para seus cômodos. Por fim, era o único restante. Dirigiu-se para uma das paredes de mármore, pressionado um dos escudos que despendiam pendurados n’aquela sala. Uma parede se abriu, mostrando então uma passagem secreta. Adentrou no breu sem fim da parede falsa. Pegou uma lanterna que estava em um suporte, preso ao tapume. Acendeu-a, e continuou a andejar diante a escuridão que se estendia por um longo caminho.

O facho de luz da lanterna iluminou uma espécie de portão de ferro. Puxou suas alças, abrindo-o. Desligou a lanterna. Adentrou em um tipo de cubículo de tijolos, iluminado de forma tenra pelas labaredas de tochas. Pegou uma das tochas e continuou a seguir caminho. Ao longo do percurso, tubos de ensaio, estavam dispostos ao longo da trajetória. Os tubos estavam cheios com um líquido fosco e dentro de cada um deles, jazia um corpo. Bizarro. Assustador. Conforme andava, o fogo iluminava os nomes. “Conde Claus” “Lorde Vincente” “Conde Drácula” Ajoelhou-se diante ao último tubo. Diante a si, estava à lenda viva, - não tão viva, - dos vampiros, o homem que há muito trouxera caos e destruição, um ser que os homens decidiram transformar em folclore, pois maldade igual a sua, julgavam ser impossível.