As fabulas do intrépido, capítulo 9 - parte 1

CAPÌTULO 9


A lua naquele dia não estava normal, estava sangrenta.

— Por que estão fazendo isto? ­— Indagara um garoto, que estava trancado em um cubículo de aparentes dois metros. Seu pai o deixara ali, pois tiveram invadido sua casa, e para proteger o único filho, o trancafiara ali. “Tome esta chave, e só saída daqui quando tiver certeza de que tudo acabou meu filho, em hipótese alguma venha ver o que está a ocorrer” Seu pai dissera.

Estava assustado e com medo. Medo de não os ver, mas saber que estavam ali, aniquilando a vida de seu pai e de sua mãe. O que seria do pobre garoto sem sua família, conseguiria ele conviver sozinho no mundo? De toda forma, seus pensamentos foram encerrados, quando a porta do cubículo em que estava fora arrombada.

—Olhe o que achei aqui Marco! Eles tentaram proteger o filhinho deles.

Estava em prantos, à voz do homem de aparência maquiavélica excluiu de seu cérebro o que restava de seus pensamentos. O homem puxou-o pelo braço, arrastando-o por um longo caminho escuro, até uma pequena escadaria de madeira. “Como eles conseguiram passar por estas portas?” Novamente, não teve tempo de ponderar. O mancebo ajoelhou-o sobre um corpo morto, de um homem para ser mais exato. O desespero lhe atingiu de forma cruel e injusta.

— Pai... — Disse, de forma baixa e aterrorizada, levando sua mão ao rosto sem vida de seu pai.

Sentiu uma pressão em suas têmporas. Um dos assassinos de seu pai estava pressionando com o pé, a cabeça de Connor, contra a barriga dilacerada do homem que tinha como progenitor.

— Só irá embora, se abrir a bexiga deste verme e tomar toda a urina.

Risos se formaram após esta sentença. Não sabia o que fazer; sabia apenas que iria morrer de toda forma, mas se não fizesse o que pediam, ia partir de forma mais dolorosa. Algo estranho ocorreu consigo, sentia um formigamento doloroso em seu corpo. Deixou aquela sensação atingir cada átimo de seu organismo, pois apesar de dolorosa, gostava de senti-la. E então aconteceu. Suas veias ficaram expostas, estava mais alto cerca de dez centímetros. Com sua cabeça, impulsionara o pé de seu opositor para trás, fazendo-o então cair. Seu corpo estava musculoso para o de uma criança de onze anos de idade. O criminoso levou seu dedo indicador ao gatilho de sua M16, atirando sem mira alguma. Sentiu-lhe algo agarrar o pescoço. Ali estava à criança que a pouco era sua mira, mas como ele escapara de uma rajada de munições daquele porte? Sentiu o ar escapar-lhe os pulmões. Levou seu braço ao porta-faca que jazia na sua perna direita, tirando de lá uma singela peça de prata. Encravou-a no braço destro de Connor. Surpreendentemente, o garoto nem mesmo se mexeu, continuou a pressionar o pescoço do homem que matara seu pai, até deixar este plano. Soltou-lhe quando teve a certeza de que o homem já não tinha mais vida. Um dos outros comparsa lançou na criança que caminhava diante a si, uma rajada de projéteis, que eram disparados por sua micro-uzi; porém de algum modo, o jovem conseguira se desvencilhar da rajada de munições que viera na sua direção.