As fábulas do Intrépido - Capítulo 3 - Parte 2


Alphonse agora descia a íngreme escadaria. O clima ali era úmido e abafado, mas nada que importasse muito para Al. Conforme ia descendo as escadarias, a luz fora se fazendo rarefeita, até se dissipar. Escuro e silêncio ali predominavam, não conseguia enxergar muito bem, porém sua visão ali já não era precisa; sua mente há tempos tivera tracejado todo o caminho a ser repercutido.

Ao longe, o rapaz avistava uma iluminação. “O caminho para o santuário está próximo” Agora estava diante a um corredor ladrilhado, — e iluminado — por tochas. A sala que se encontrava era de cimento, e em toda sua extensão encontravam-se falhas na construção. No centro de tal ponto, encontrava-se uma pilastra de mogno com pedras preciosas, que residia em sua superfície um baú. Sem delongar o rapaz caminhava até o tal baú, e logo proferia dizeres que não faziam lá muito sentido.

“Do sangue do cordeiro, o cavalheiro abrolhou; o pacto entre o céu e o inferno fora quebrado e eis que então o mal se dissipou”

Após o sibilar de tais palavras, o baú de madeira se abriu, revelando então seu conteúdo, um velho pergaminho que jazia enrolado sobre uma almofada de ceda.

— A primeira parte do quebra-cabeça fora achada, agora só me resta encontrar as outras nove.

Uma duvida então pairava no ar, ao que o mancebo de aparência jovial estava se referindo? De fato, o quebra cabeça ao qual se referia, eram as 9 táticas da tomada do mundo.

“Grrrrrr” Ouviu um rugido atrás de si. “Chegara a tempo” Sem titubear, o rapaz se virava; deparando-se com uma imensa besta fera, — um grotesco lobo, com seu pelo totalmente negreiro; suas presas tinham cerca de 52 cm de altura.

— Vejo que eles conseguiram por fim, fazer uma réplica exata de Fenrir, mas bem nada que me preocupe, alias da mesma forma em que Odin derrotara a besta fera, eu também o farei.