As fabulas do intrépido, capítulo 3 - parte 1

Capítulo 3
Uma pirâmide não é construída através de um único tijolo


— Alphonse, o que vos faz crer que eu irei adentrar a uma confraria de seres imundos e pútridos, engendrados diante a maldade e a traição? — Apesar de tal indagação, os pensamentos do solene ser eram outros. “Será que ele pode me propiciar um retorno ao reino dos céus; melhor, será que ele pode fornecer a mim aquilo que nem mesmo o pai conseguira?”

— Sim, eu posso lhe dar até mesmo o que Demiurge não conseguira conquistar.

— Como pude esquecer-me de sua habilidade de poder prever o futuro.

— Bem, minhas habilidades se restringem há apenas algumas horas, porém quando me concentro, posso prever o que irá acontecer daqui à dias; porém toda vez que o faço, desmaio com uma dor excruciante — disse, com um olhar inexpressivo — mas isto, por todavia não vem ao caso, já sabe de minha proposta, e então o que me dizes?
Sazael não precisara responder, alias Alphonse já sabia a resposta que iria receber; e, como um maestro que rege sua orquestra, o mancebo abrira outro portal, porém Sazael logo protestara.

— Passe-me as coordenadas Alphonse, sabe o quanto repudio suas técnicas sombrias; alias, elas são o oposto do reino do pai.
Sem delongar, Al logo dera as coordenadas de que o anjo precisara, por fim adentrando em seu portal, ao mesmo em que por relance assistia o rapaz de madeixas brancas, viajar em uma velocidade, dito cujo a do pensamento.

(...)

Estavam agora em um local que em muito se assemelhava um campus, que se estendia por cerca de 7 milhões de metros quadrados. Universidade de Ohio, sim ali eles residiam; na primeira universidade pública do estado de Ohio e, de fato, a tão onipotente universidade, era a protagonista de vários mitos e lendas, — muitos destes macabros, tais como o da pobre Wilson Hall, que tivera se matado após entregar-se para um culto pagão; mas voltando ao assunto que importa, ambos os mancebos encontravam-se diante ao prédio de administração da universidade. “O centro do pentagrama” Pensou o jovem, lembrando-se do mito do pentagrama, que aquele prédio em especial abrigava. Abriu uma pequena porta de madeira, naquele horário ninguém estaria ali, já era tarde demais. Com passos rápidos e energéticos, andou até uma escrivaninha de madeira com marfim. Ajoelhou-se e apertou um botão que estava acoplado na parte inferior do móvel. Ouviu-se um leve estrondo e, por conseguinte ao mesmo, uma passagem tivera se aberto em meio ao chão de piso branco daquele local.
Se por algum momento um dos mancebos tivera se espantado com o que seus orbes oculares enviara para seu cérebro, não demonstraram.

— Sazael permaneça aqui, vigiando a sala; pode ser que uma visita inesperada apareça, e prejudique tudo.