As fábulas do Intrépido, capítulo 2, parte 1

Capítulo 2
Na natureza, o homem é o único que mata seus adjacentes por escolha.


(...)


Encontrava-se em uma rua pouco movimentada, ladrilhada por prédios e casas. A lua agora estava em seu ápice no oblongo céu. Alphonse estava faminto e com ódio. “Preciso saciar minha sede” Ponderava enquanto por via de um chute, arrombara uma porta de madeira maciça, com dobradiças de aço.

— Ahh! — Uma mulher gritou, mas já era tarde, as mãos do musculoso homem, já se faziam onipresentes tampando-lhe a boca e suas narinas. Tudo acontecera de forma rápida; o rapaz de grenhas negreiras, por meio de um chute tivera desmaiado a mulher que estava a relutar e por fim, saciou-se com o sangue daquela mulher.

— Quando chegar à hora virá até mim, mas agora não é preciso seu adjutório; por isto, descanse.

O mancebo agora saía de forma sorrateira da casa de sua presa, apesar de não ter saciado sua sede por completo, conseguiria se manter por mais alguns dias quem sabe...

Em sua mente, ainda pairavam os pensamentos sanguinários e inconceptos.

— Para cumprir com meus objetivos, preciso reunir membros, e sei exatamente, aonde irei achar os bastardos que de minha confraria farão parte. — Após o término de sua última palavra, abrira um portal dimensional, e com certa impaciência adentrou no mesmo.

(...)


Tudo o que sua visão captava era neve, uma densa nevasca sem fim que se prolongara até o oriente.

— O que queres aqui? — Proferiu uma voz, que surgira atrás de Alphonse, seu tom era sereno; porém demonstrava certa soberania.

— Sazael, o tão onipotente anjo divino, que fora banido de seu próprio lar; lutamos pela mesma causa... vingança! O que achas de unir-se a mim, e estabelecer um novo império, um império que irá ultrapassar as barreiras mortais e divinas.