As fábulas do intrépido, capítulo 5, parte 1

Capítulo 5
Nem tudo é o que parece.


Seu coração balbuciou, e suas pernas por um instante ficaram trêmulas, porém por um breve e curto momento, vira sua salvação. Em uma velocidade incrível, o rapaz levou sua mão até a presa que outrora tivera arrancado da besta fera, ora sim; seria aquilo uma obra armada e predestinada, ocasionada pelo destino? Se fosse ou não, iria usufruir desta da melhor maneira possível. Encravou a enorme presa na perna dianteira direita da fera, a fazendo urrar de dor. O rapaz, aproveitando o descuido do gigantesco cão, impulsionara seu enorme corpo para trás, se levantando rapidamente. O enorme lobo, por um momento, olhara a pata que lhe fora danificada. Sua presa ainda jazia ali, desviando a ligação dos ossos de sua perna. Apesar de estar sentindo uma dor sem igual, o enorme galgo rosnou para Al, e correu na direção do mancebo; ou pelo menos tentou, tendo em vista que sua perna dianteira estava danificada. Alphonse estava se divertindo com situação em que se encontrava. Mas de fato, não era divertida?

Por algum momento da pugna, Al se descuidara e a besta fera aproveitou o momento, lhe fazendo um corte profundo no antebraço. “Não se sabe o valor das coisas, sem antes sentir a dor” Ponderou, se virando e suspendendo a fera no ar, — que saltara para lhe atacar, — a jogando então no chão, com uma força cerca de cinco vezes maior do que a de um ser humano. O monstro tentou se levantar, mas as pernas musculosas de Alphonse se faziam presentes, esmagando a caixa torácica do enorme cão. A besta se contorceu, demonstrando então sua agonia.