As fabulas do intrépido, capítulo 8 - parte 1

CAPÌTULO 8


Aquele dia estava sendo conturbado demais para a mente de Annie. Quiçá estaria no meio de um sonho; não, sabia que aquilo por mais estranho que fosse era real e teria de lidar com a situação. Sua face demonstrava espanto e receio.

— Então por isto que você sabe tanto sobre os vampiros, amor? — Perguntara Annie, com um quê de assombro na sua voz.

— Sim, este é o motivo.

O Audi parou. Pierre saiu do carro, encaminhando-se com passos apressados até o portão da garagem da sua casa. Abriu o portão. Retornou ao veículo, ligando-o e entrou no recinto. Novamente saiu do automóvel, e fora dar assistência a An, que estava meio cambaleante.

— Vamos para dentro.

A casa de Pierre era grande, seu piso era de madeira, a parede era branca, com alguns afrescos.

Estava tonta, sentiu seu corpo vacilar. No momento de sua queda, sentiu os braços de seu namorado apanhar-lhe e levantá-la. Com Annie em seus braços, Pierre se encaminhou até uma porta de madeira. Com certo esforço a abriu. A pequena passagem dava acesso á uma longa escadaria, que conforma Pierre ia descendo, luzes iam se ascendendo, iluminando então um porão nada convencional. O interior d’aquela localidade se assemelhava muito ao de uma nave espacial. Suas paredes eram de aço, enormes prateleiras e balcões, jaziam na imensidão da sala. Ainda com a jovem em seu colo, o rapaz levou-a a uma espécie de maca, deitando-a. Se encaminhou até uma espécie de armário. Abriu as portas do objeto, retirando de lá um frasco e uma seringa lacrada. Abriu o pacote da seringa, levando-a ao tubo de ensaio, retirando então 10 ml de um líquido púrpuro. O rapaz se encaminhou até a maca. Levou sua mão até as alças que pendiam no canto direito do leito, amarrando Annie.

— Isto é para seu bem... — Proferiu, aplicando a seringa na perna de Annie.

— AHHH!